O silêncio cumpre a sua eternidade de viajar
Âmbula na boca
faminta do tempo
Corre com ventos
abertos à preguiçosa febre que gagueja no vazio
Tropeça, mexe,
desiquilibra
E na sua
masculina palavra o silêncio não se adia.
O silêncio
embriaga a razão
Devaneia a
loucura
Vaga como se
quisesse sair do mundo
Da paz audível e
sensível do movimento.
O silêncio cumpre
a sua eternidade de viajar.
Hirondina Joshua (2016) Os Ângulos da Casa. Maputo: Fundação Fernando Leite Couto.
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